segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dead Horse


O ano de 2014 está em sua reta final, e eu só tenho o que agradecer. Esse foi o ano mais difícil da minha vida, consequentemente, o que eu mais cresci e aprendi.
Desde que eu e meu noivo tomamos a decisão de começar a construir nossa própria casa em uma área cedida por meus pais na chácara, passamos pelos desafios mais inusitados, que nem ouso listar, mas posso dar um exemplo: um cavalo morto na frente de casa, e agora, o que fazer? 
Foi uma decisão daquelas que tomamos por impulso meio que sem medir as consequências. Começar uma casa sem grana, apenas com a coragem, comprando material aos poucos no cartão de crédito, fazendo o trabalho todo sozinhos, só nós dois. Depois tivemos alguma ajuda dos pais dele, emprestando crédito e um bom tanto de mão de obra com suas próprias mãos. A casa ainda não está terminada, mas a meta é que até janeiro já possamos nos mudar.
Passei por momentos em que queria desistir de tudo, negociar com meus pais o que já tínhamos feito e simplesmente sumir no mundo sem olhar para trás. Em outros momentos sentia que ali era o meu lugar no mundo, e que nunca mais sairia dali. 
Chorei compulsivamente soluçando sem conseguir enxergar a solução em alguns momentos. Nessas horas meu noivo estava ali e dizia que iríamos conseguir. Outras horas ele é que ficava apático, sem chorar na minha frente, mas sabia que ele ia dar uma volta lá fora só para eu não o ver. Nessas horas eu falava que ficaria tudo bem.
Teve outros momentos, ao olhar para o céu à noite, que não conseguia sentir mais nada além de uma profunda gratidão pelo simples fato de possuir vida, de existir, de contemplar e de ter a oportunidade de passar por tudo isso.
De todos os problemas que tive, quero apenas citar o oposto: 
Comecei um blog, algo que sempre tive vontade de fazer, mas nunca tomei a iniciativa.
Conheci e comecei a interagir com pessoas incríveis na internet, isso foi simplesmente fantástico.
Devorei mais livros que meu normal para saciar minha fome ansiosa.
Percebi que amizade é algo que existe.
Apesar de muito cansada, física e mentalmente, me sinto mais forte do que nunca.





4 comentários:

  1. Que post lindo, Camila. E isso ai nao desista dos seus sonhos, as vezes temos que as cegas mesmo...ate achar o caminho. Super!

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  2. Agora você está começando (mesmo sem perceber) o que é crescer. Ter responsabilidades próprias....deixar definitivamente sua marca no mundo, fincar no chão seu lugar...É isso: Bem vinda ao mundo adulto...real...feliz!!!!!

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    1. Putz, pior, sempre lembro da minha primeira chefe, ela costumava dizer: "crescer dói, Camila" Quantas vezes me lembrei dessas palavras...Mas vale muito a penas rsrs =)

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